12 de março de 2013

cruzeiro, dia 4

São 7 da manhã e o dia está nascendo no Cabo Horn. Fui acordada às 6:30 pelo aviso de que o primeiro grupo de expedição vai descer às 7:30.

Tive um pesadelo de madrugada, acordei assustada e fiquei olhando as estrelas. Não reconheci as constelações. O dia nasce límpido e eu me lembro de Atami.

O barco balança suavemente e agora eu entendo porque marinheiros andam engraçado.

Passou uma gaivota. No Cabo Horn há uma estátua, um monumento, em forma vazada de gaivota.

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2:25 da tarde

Enjoei terrivelmente na parte da manhã. Não desci para tomar café. O navio balançava bastante, apesar do mar estar calmo na superfície.

Está uma tarde magnífica, céu azul, mar sereno - passamos pelo Cabo Horn e o capitão nos felicitou pela boa sorte de poder circunavegá-lo pelo sul - coisa muito rara! O Cabo Horn é o rabinho da América do Sul - depois dele, só há terra na Antártida.

Faz um sol bom, bem quentinho, mas o frio lá fora não cessa. Então, aqui dentro, o sol engana - ah, lá fora está quente - e o vento frio nos regela os ossos.

Consegui falar com o pessoal de Recife. Estavam na casa de praia, por isso ninguém atendeu em casa. E eu tive um pesadelo sem motivo, tudo estava bem.

Passei a manhã deitada e perdi o hasteamento da bandeira pirata - além de boa parte do Cabo Horn.

Veio o cartão de avaliação do cruzeiro, que já acaba amanhã. São US$ 15 de gorjeta por pessoa, por dia de viagem. Fomos muito bem atendidos.

Contra o vento, tricô não é muito eficiente. Minhas luvas de couro com lã na parte interna também não agüentam muito frio. O melhor a usar é fleece, com certeza. Opa, começamos a balançar de novo.

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