Esqueci de contar que, no mesmo dia da Pinguinera - nosso primeiro dia em Ushuaia! - fomos ao teleférico no Glaciar Martial. Decidi o passeio num impulso, nem tinha ouvido falar dele. Pensei que fosse algo como o bondinho do Pão de Açúcar, mas não, eram cadeirinhas suspensas num cabo, subindo a montanha.
Olha, tem que ter MUITA FÉ nas leis da fisica, viu. Como um trocinho daquele segura gente eu simplesmente não entendo. Adorei e morri de medo o tempo todo, o troço é alto prá dedéu. E Fred ainda ficou fazendo graça e falando dum filme de terror onde o pessoal fica preso numa cadeirinha dessas, o parque fecha e os lobos ficam rondando.
Eita, agora me dei conta de que a gente não foi a nenhum cassino! Tinha um simples na nossa rua e outro todo chiquetoso na rua do porto, parecia um projeto do Niemeyer.
Nas vitrines das lojas, blusinhas adequadas ao calor carioca ficam lado a lado com casacos pesados de frio. Vi até biquíni!
Todos os edifícios são bem aquecidos - desligamos o aquecedor do quarto do hotel pq estávamos suando!
Minha teoria é que o conceito de temperatura agradável é o oposto da temperatura lá fora. Como no Brasil lá fora é quente, o nosso conceito é que bom é o frio. Então quartos, lojas, aeroportos, etc, têm ar condicionado. Em Ushuaia (e no navio) lá fora é frio e o bom é estar no quentinho. Então se usam roupas normais embaixo de casacões. Entrou, tira o casaco, fica de blusinha.
O passeio que o Fred mais gostou foi o do museu do Presídio do Fim do Mundo. Era um presídio (dã) e virou um museu (dã duplo). As celas mostram alguns dos prisioneiros mais famosos, os ambientes reproduzem as condições de época, o artesanato em madeira feitos pelos presos, a oficina de tipografia... fotos, objetos e mutas informações - afinal, é um museu.
Uma ala não foi reformada e a gente viu as celas vazias, com as paredes no reboco, esburacadas (mas inteiras, claro, as paredes são grossíssimas), o chão original (feito na oficina de cerâmica que tinha lá - Ushuaia é o fim do mundo, tem que poder fazer as coisas pq não dá para trazer logo de outro lugar). Fred adorou, tirou muitas fotos dessa parte. Eu também achei bom de fotografar, mas rezei uma ave-maria pelos presos e me senti emocionalmente um pouco mal, até um pouco enjoada.
No mesmo local, em outra ala, é o museu náutico, com reproduções em escala de navios, galeões, naus e caravelas mais famosos que passaram por Ushuaia, Cabo Horn e Canal Beagle. O último pirata da área viveu nos anos 30 :O
Do lado de fora, num gramado, há duas marias-fumaças e um resto naufragado de bote. Lá, no calor da uma da tarde (sim, sem o vento o sol é quente) vimos um gato preto e eu fui fazer carinho nele. O gato é mansinho, ronronou, deu cabeçadas, fez pãozinho... um fofo! Abracei e comprovei que ele está bem cuidado, é bem alimentado e saudável, até onde pude perceber. Seu pêlo é brilhante não tem falhas. Perguntei na recepção por ele e descobri que se chama José e há duas gatas por lá, uma se chama Catalina, é trica, e a outra eu esqueci.
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